sábado, 13 de março de 2010

DIREITOS HUMANOS E O COMBATE À POBREZA

No Distrito Federal existem milhares de pessoas cujos direitos humanos são violados diariamente. Não me refiro apenas à falta do que comer, mas também aos excluídos do acesso às condições mínimas de sobrevivência. Me refiro aos doentes crônicos onde somente os que tem acesso ao tratamento podem se curar. Me refiro aos que vivem no subúrbio das Cidades Satélites castigados por uma grande diferença social, submetidos sistemática e permanentemente à violência urbana. Trata-se da pobreza que alimenta diariamente a miséria dos excluídos. São pessoas que se encontram cotidianamente na luta interminável pela sobrevivência, onde cada despertar, cada amanhecer significa uma dúvida cruel: Como conseguir alimento? Em qual quantidade? Quando passamos pelas ruas de nossa Capital dentro de nossos carros e vemos mendigos, pedintes, crianças fazendo malabarismo nos semáforos fazemos de conta que não existem. Já fazem parte da paisagem cotidiana, como se fossem elementos decorativos, contudo, de má qualidade e esteticamente desagradável aos nossos olhos. Nos importunam quando pedem esmolas ou vendem algo enquanto tomamos uma cerveja com amigos em algum bar. Ignoramos a todos porque nos causam vergonha. Para estas pessoas não existem direitos humanos. Não é possível falar de liberdade, igualdade e de justiça enquanto existir pessoas que são privadas de sua dignidade humana. Não há como quantificar ou qualificar a dignidade humana. Ninguém possui dignidade maior ou melhor que a do outro. Nesse sentido, a responsabilidade do Estado é absoluta. O ser humano dever estar sempre  em primeiro lugar na lista de prioridades para a distribuição da riqueza de nossa cidade.

SOCIEDADE DE ADVOGADOS AMIGOS DE BRASÍLIA